segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Twitter teve papel fascinante nos distúrbios de Londres e mostrou o quanto podem ser importantes as redes sociais

“O Twitter teve papel fascinante nos distúrbios de Londres e mostrou o quanto podem ser importantes as redes sociais no período em que as mídias tradicionais não conseguiam acompanhar o que acontecia nas ruas da capital britânica.

Os primeiros indícios de que havia algo de errado em Tottenham, em 4 de agosto, chegaram a muitos londrinos pelo rádio. A Radio 5 Live, principal estação da BBC para notícias e esportes, começou a receber relatos de um ônibus em chamas durante a transmissão de um programa de debates sobre a pré-temporada dos times do campeonato nacional de futebol. Pouco depois um ouvinte entrou no ar e passou a relatar a batalha campal entre policiais e manifestantes, mas os canais de televisão não davam qualquer destaque ao que acontecia.

Com o passar das horas, tanto a BBC News quanto a Sky News, canais de notícias, mobilizaram equipes para o local e transmitiram imagens dos incêndios em Tottenham. O problema para os jornalistas e produtores dos canais era que as mesmas câmeras que mostravam os distúrbios para o mundo também permitiam identificar os manifestantes que tocavam fogo em carros de polícia, ônibus e edifícios. As equipes foram atacadas e tiveram que fugir rapidamente. Rádios e canais de televisão ficavam repetindo o que se sabia e mostravam imagens gravadas.

O Twitter passou assim a ser a principal fonte de notícias para quem queria informações atualizadas e confiáveis do que se passava em Londres. Dois repórteres conseguiram continuar com relatos do que acontecia na região: Paul Lewis do Guardian (@paullewis) e Ravi Somaiya, correspondente londrino do New York Times (@ravisomaiya). Somaiya chegou a comentar que gangues passaram a “confiscar” telefones celulares que ficassem expostos, mas continuou com suas notícias de 140 caracteres ao longo da noite.”

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